Quando observamos uma foto dos nossos pais e avós nos tempos de sua infância e juventude, podemos notar que o espaço que compõe aquela foto não corresponde ao que encontramos ao vivo nos dias atuais, mas porque isso acontece?
Antes de entrarmos nesta questão, vamos conversar sobre outros assuntos que nos ajudarão a entender melhor tudo isto.
Afinal o que é a Geografia, para quê e para quem serve e o que ela tem a ver comigo?
A Geografia é uma ciência milenar, surgiu no período da Grécia antiga antes de Cristo, seu nome significa descrever a Terra ou escrever sobre a Terra (GEO = TERRA; GRAFIA = ESCRITA), inicialmente, era utilizada de uma maneira mais simplista, apenas descrevendo as paisagens, mas com o passar dos anos, a ciência geográfica foi evoluindo, acompanhando as novas necessidades da humanidade, e hoje a Geografia ajuda-nos a compreender conflitos humanos, os fenômenos naturais e acima de tudo, a relação que existe entre o meio natural e homem e de que maneira um influencia no comportamento do outro.
A Geografia Crítica (atualmente, principal linha de pensamento da Geografia) tem uma fundamental importância para os grupos sociais, especialmente aqueles que são mais marginalizados, como as mulheres, as crianças, idosos, negros, indígenas, homossexuais..., tem como principal objetivo incluir estes grupos minoritários na sociedade e no campo de atuação dos governos.
Agora, vamos utilizar a charge acima para voltarmos à nossa questão inicial, a transformação do espaço geográfico, sabemos que "espaço" é uma palavra com um sentido bastante amplo, mas para nossos estudos, consideraremos "espaço" uma parte, uma fração do planeta com características semelhantes.
Por que será que a personagem Mafalda acha que o modelo original da Terra é um desastre?
A verdade é que o espaço geográfico é extremamente dinâmico e naturalmente sofre mudanças cíclicas que podem ser tão pequenas que olhando de uma forma macro, não conseguimos notá-las, mas a verdade é que as grandes alterações na paisagem dá-se por meio da interferência antrópica (do homem), que desmata para expandir suas cidades ou para atividades agrícolas e de pecuária, nos espaços urbanos infelizmente, é comum encontrarmos rios poluídos e sem vida, isto acontece por que muitas cidades não possuem um sistema de saneamento básico eficiente e os dejetos (esgotos) domiciliares (das casas) e industriais acabam indo direto para rios e córregos destruindo todo um ecossistema.
Mas então para haver crescimento urbano é preciso que aja destruição dos ecossistemas?
Não! É possível crescer e desenvolver economicamente uma cidade, sem que para isso os ecossistemas tenham que pagar com sua própria extinção, basta que sejam tomadas as medidas preventivas de proteção ao meio natural, como a preservação dos manguezais e mata ciliar (vegetação encontrada nas margens dos rios), instalação de um sistema de saneamento que trate todo o esgoto antes de liberá-los para os cursos d'água, manter áreas verdes nas cidades, controle da poluição atmosférica entre outras ações que deixam mais harmônica a relação humana e ambiental.
Nenhum comentário:
Postar um comentário